RCC Tocantins

Diocese de Porto Nacional

Bispo
Dom  Romualdo Matias Kujawski

Área
96.488 Km²

População (em 2004)
319.861 habitantes (86,3% católicos)

História

O surgimento da Cidade de Porto Nacional se deu na última década do século XVIII, na margem direita do Rio Tocantins, no local de um porto de passagem dos mineradores que exploravam as minas auríferas de Pontal distante 12 Km e Carmo localizada a 42 Km.

Com a fuga dos moradores de Pontal para o povoado (devido ao ataque dos índios Xerentes) e a chegada de várias famílias de Carmo, o crescimento da então Porto Real (hoje Porto Nacional) foi rápido. Esses primeiros moradores, despertaram logo para a navegação e iniciaram as longas viagens anuais, subindo de BOTE até Palmas, de onde desciam até Belém do Pará.

Essa navegação pelo Rio Tocantins era o único meio de comunicação existente na região, devido à ausência de estradas e aeroportos. Através dessas transações comerciais o povoado tornou-se importante, tendo um desenvolvimento no sentido administrativo, intelectual e religioso.

Com a criação da comarca, no início do século passado o arraial (povoado menor que uma vila) de Porto foi sede provisória da ouvidoria do Norte e residência do desembargador Dr. Joaquim Teotônio Segurado, primeiro titular da comarca do Norte.

Em 1810, o ouvidor ao visitar o arraial (povoado menor que uma vila) de Carmo, foi informado sobre a doação de dois contos de réis, para edificação de um templo à Nossa Senhora das Mercês.

O desembargador aconselhou que o templo fosse edificado não em Carmo, mas no futuroso e nascente povoado de Porto Real.

Mesmo com a construção da capela, Porto recebia visita do vigário somente duas ou três vezes por ano, durante as festas principais. Então, no ano de 1835 recebeu a criação da paróquia, e dependia até então de Carmo.

Em 1883 Porto Imperial recebeu a visita do primeiro bispo a transitar pelo Norte da Província de Goiás (hoje Tocantins), Dom Cláudio Ponce de Leão.

Durante sua estadia em Porto, o então chefe político, Coronel Joaquim Ayres da Silva, empenhou-se pela vinda de missionários Dominicanos a fim de educarem e conduzirem a vida espiritual de paróquia.

O pedido do Coronel foi atendido. E assim, a 20 de maio de 1886, chegavam os primeiros padres dominicanos: Frei Miguel, Frei Rafael e Frei Gabriel.

Esses padres eram pertencentes à “Missão Dominicana no Brasil”. Suas primeiras tentativas foram a fundação da Ordem em Uberaba, na antiga Vila Boa e Porto Nacional. Em todas foram bem sucedidos.

Os padres dominicanos desenvolviam seus estudos teológicos no convento de Salamanca (Espanha), de onde eram envidados para o convento de Toulouse (França), afim de serem preparados para a Missão no Brasil.

Chegando ao Brasil, desembarcavam no Rio de Janeiro, para depois seguirem para Uberaba, onde passavam três anos fazendo a aprendizagem da vida missionária. Após estes três anos é que seguiam para os sertões de Goiás.

Porto Nacional, no decorrer dos anos, foi privilegiada com a chegada de outros padres. Entres eles: Frei Domingos Nicolett, Frei Bartolomeu Meirinho, Frei Domingos Carret e outros.

Estes homens se encarregaram de dar maior desenvolvimento a cidade no sentido espiritual, cultural e na edificação de obras que até hoje permanecem inabaláveis, desafiando o tempo.

Os frades, além da fé a propagar-se dedicaram à educação no sentido humano completo. Para isso, puderam contar com a atuação e o serviço perseverante e generoso das Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils que, vindas da França, chegaram a Porto Nacional em 1.904, fundando o Colégio Sagrado Coração de Jesus. Com a conjugação de forças no trabalho de evangelização e educação humano-cristão, nasce a luta por uma circunscrição eclesial.

P. Prudêncio, bispo de Goiás, por sinal dominicano, dez forças junto à nunciatura, no Rio de Janeiro que, na época tinha como Núncio Apostólico D. José Aversa. Este, no inicio, deu a idéia da criação de uma prelazia, idéia prontamente rejeitada por D. Prudêncio. Este alegou: “Senhor Núncio, Prelazia é para índios”.

Decorridos poucos meses, a súplica do venerável bispo é atendida pelo Papa Bento XV, com o seguinte decreto: “Atendendo às súplicas do nosso venerável Irmão, Bispo de Goiás, que nos pede, para melhor bem das almas, criar uma nova diocese pela divisão daquela que lhe é atualmente confiada...” “... O novo território eclesiástico compreenderá as 14 paróquias existentes na parte norte da atual diocese de Goiás, a saber: Nossa Senhora das Mercês de Porto Nacional; Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista do Tocantins; São Pedro de Pedro Afonso; Nossa Senhora do Monte do Carmo, do Carmo; Espírito Santo de Peixe; Sant´Ana da Chapada; Nossa Senhora da Natividade; São Miguel das Almas; São João Batista, da Palma; Nossa Senhora dos Remédios, de Arraias; Santo Antônio do Chapéu...”

Então a Diocese de Porto Nacional foi erigida em 20 de dezembro de 1.915, mediante a Bula Apostolatus Officium, pelo o Papa acima referido.

A nomeação do primeiro bispo é datada de 30 de julho de 1.920, na pessoa do então prelado da Prelazia da Santíssima Conceição do Araguaia-PA, Dom Domingos Carrerot, O.P.

A sua chegada a Porto Nacional, que deveria ser muito festiva, foi no mínimo, inusitada. Entrou na cidade transportado por outros homens deitado numa rede tiritando de febre. Estava acometido de malária. Isso aconteceu no segundo Domingo de julho de 1.921.

Aqui viveu como bispo, durante 12 anos semeando no amor de pai o Evangelho de Jesus Cristo. Deixou o cenário desta vida no dia 14 de dezembro de 1.933, ficando a Diocese vacante por três anos incompletos.

O novo bispo foi nomeado em 01 de maio de 1936, chegando aqui também em julho. Era então o nosso querido Dom Alano Maria Du Noday, O.P. Aqui viveu 40 anos como bispo titular e quase 10 anos como bispo emérito. Foram quase 50 anos anunciando Deus a todos e amando no silêncio da preferência aos pobres. Deixando ainda a preciosa herança de mais de 20 sacerdotes diocesanos, filhos da região, formados e ordenados por ele. Por coincidência ou por designo da Providência, Dom Alano morreu na mesma data que Dom Domingos, dia 14 de dezembro de 1.985.

Seu sucessCatedral em 2003or foi Dom Celso Pereira de Almeida, O.P. Ele foi nomeado Bispo Auxiliar e Administrador com direito à sucessão, em 1.972. Com a renuncia de Dom Alano, Dom Celso assumiu a Diocese como Bispo Titular em 01 de maio de 1.976. A sua marca é a simplicidade, uma grande sensibilidade pastoral e um amor de predileção pelos pobres, especialmente os “pretos”, como ele chama as pessoas de pele escura. Dom Geraldo Gusmão- Bispo atual

O surgimento da Cidade de Porto Nacional se deu na última década do século XVIII, na margem direita do Rio Tocantins, no local de um porto de passagem dos mineradores que exploravam as minas auríferas de Pontal distante 12 Km e Carmo localizada a 42 Km.

Com a fuga dos moradores de Pontal para o povoado (devido ao ataque dos índios Xerentes) e a chegada de várias famílias de Carmo, o crescimento da então Porto Real (hoje Porto Nacional) foi rápido. Esses primeiros moradores, despertaram logo para a navegação e iniciaram as longas viagens anuais, subindo de BOTE até Palmas, de onde desciam até Belém do Pará.

Essa navegação pelo Rio Tocantins era o único meio de comunicação existente na região, devido à ausência de estradas e aeroportos. Através dessas transações comerciais o povoado tornou-se importante, tendo um desenvolvimento no sentido administrativo, intelectual e religioso.

Com a criação da comarca, no início do século passado o arraial (povoado menor que uma vila) de Porto foi sede provisória da ouvidoria do Norte e residência do desembargador Dr. Joaquim Teotônio Segurado, primeiro titular da comarca do Norte.

Em 1810, o ouvidor ao visitar o arraial (povoado menor que uma vila) de Carmo, foi informado sobre a doação de dois contos de réis, para edificação de um templo à Nossa Senhora das Mercês.

O desembargador aconselhou que o templo fosse edificado não em Carmo, mas no futuroso e nascente povoado de Porto Real.

Mesmo com a construção da capela, Porto recebia visita do vigário somente duas ou três vezes por ano, durante as festas principais. Então, no ano de 1835 recebeu a criação da paróquia, e dependia até então de Carmo.

Em 1883 Porto Imperial recebeu a visita do primeiro bispo a transitar pelo Norte da Província de Goiás (hoje Tocantins), Dom Cláudio Ponce de Leão.

Durante sua estadia em Porto, o então chefe político, Coronel Joaquim Ayres da Silva, empenhou-se pela vinda de missionários Dominicanos a fim de educarem e conduzirem a vida espiritual de paróquia

O pedido do Coronel foi atendido. E assim, a 20 de maio de 1886, chegavam os primeiros padres dominicanos: Frei Miguel, Frei Rafael e Frei Gabriel.

Esses padres eram pertencentes à “Missão Dominicana no Brasil”. Suas primeiras tentativas foram a fundação da Ordem em Uberaba, na antiga Vila Boa e Porto Nacional. Em todas foram bem sucedidos.

Os padres dominicanos desenvolviam seus estudos teológicos no convento de Salamanca (Espanha), de onde eram envidados para o convento de Toulouse (França), afim de serem preparados para a Missão no Brasil.

Chegando ao Brasil, desembarcavam no Rio de Janeiro, para depois seguirem para Uberaba, onde passavam três anos fazendo a aprendizagem da vida missionária. Após estes três anos é que seguiam para os sertões de Goiás.

Porto Nacional, no decorrer dos anos, foi privilegiada com a chegada de outros padres. Entres eles: Frei Domingos Nicolett, Frei Bartolomeu Meirinho, Frei Domingos Carret e outros.

Estes homens se encarregaram de dar maior desenvolvimento a cidade no sentido espiritual, cultural e na edificação de obras que até hoje permanecem inabaláveis, desafiando o tempo.

Os frades, além da fé a propagar-se dedicaram à educação no sentido humano completo. Para isso, puderam contar com a atuação e o serviço perseverante e generoso das Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils que, vindas da França, chegaram a Porto Nacional em 1.904, fundando o Colégio Sagrado Coração de Jesus. Com a conjugação de forças no trabalho de evangelização e educação humano-cristão, nasce a luta por uma circunscrição eclesial.

P. Prudêncio, bispo de Goiás, por sinal dominicano, dez forças junto à nunciatura, no Rio de Janeiro que, na época tinha como Núncio Apostólico D. José Aversa. Este, no inicio, deu a idéia da criação de uma prelazia, idéia prontamente rejeitada por D. Prudêncio. Este alegou: “Senhor Núncio, Prelazia é para índios”.

Decorridos poucos meses, a súplica do venerável bispo é atendida pelo Papa Bento XV, com o seguinte decreto: “Atendendo às súplicas do nosso venerável Irmão, Bispo de Goiás, que nos pede, para melhor bem das almas, criar uma nova diocese pela divisão daquela que lhe é atualmente confiada...” “... O novo território eclesiástico compreenderá as 14 paróquias existentes na parte norte da atual diocese de Goiás, a saber: Nossa Senhora das Mercês de Porto Nacional; Nossa Senhora da Conceição da Boa Vista do Tocantins; São Pedro de Pedro Afonso; Nossa Senhora do Monte do Carmo, do Carmo; Espírito Santo de Peixe; Sant´Ana da Chapada; Nossa Senhora da Natividade; São Miguel das Almas; São João Batista, da Palma; Nossa Senhora dos Remédios, de Arraias; Santo Antônio do Chapéu...”

Então a Diocese de Porto Nacional foi erigida em 20 de dezembro de 1.915, mediante a Bula Apostolatus Officium, pelo o Papa acima referido.

A nomeação do primeiro bispo é datada de 30 de julho de 1.920, na pessoa do então prelado da Prelazia da Santíssima Conceição do Araguaia-PA, Dom Domingos Carrerot, O.P.

A sua chegada a Porto Nacional, que deveria ser muito festiva, foi no mínimo, inusitada. Entrou na cidade transportado por outros homens deitado numa rede tiritando de febre. Estava acometido de malária. Isso aconteceu no segundo Domingo de julho de 1.921.

Aqui viveu como bispo, durante 12 anos semeando no amor de pai o Evangelho de Jesus Cristo. Deixou o cenário desta vida no dia 14 de dezembro de 1.933, ficando a Diocese vacante por três anos incompletos.

O novo bispo foi nomeado em 01 de maio de 1936, chegando aqui também em julho. Era então o nosso querido Dom Alano Maria Du Noday, O.P. Aqui viveu 40 anos como bispo titular e quase 10 anos como bispo emérito. Foram quase 50 anos anunciando Deus a todos e amando no silêncio da preferência aos pobres. Deixando ainda a preciosa herança de mais de 20 sacerdotes diocesanos, filhos da região, formados e ordenados por ele. Por coincidência ou por designo da Providência, Dom Alano morreu na mesma data que Dom Domingos, dia 14 de dezembro de 1.985.

Seu sucessCatedral em 2003or foi Dom Celso Pereira de Almeida, O.P. Ele foi nomeado Bispo Auxiliar e Administrador com direito à sucessão, em 1.972. Com a renuncia de Dom Alano, Dom Celso assumiu a Diocese como Bispo Titular em 01 de maio de 1.976. A sua marca é a simplicidade, uma grande sensibilidade pastoral e um amor de predileção pelos pobres, especialmente os “pretos”, como ele chama as pessoas de pele escura. Dom Geraldo Gusmão- Bispo atual

Em janeiro de 1.995 foi publicada a sua transferência para a Diocese de Itumbiara-GO, onde tomou posse em 25 de março do mesmo ano.

A Diocese de Porto Nacional esteve vacante até 28 de março de 1.998, quando tomou posse da Diocese Dom Geraldo Vieira Gusmão, do clero diocesano da Arquidiocese de Diamantina-MG.

No período de vacância, a diocese teve como administrador Diocesano Mons. Juraci Cavalcante Barbosa, pároco da Catedral de Nossa Senhora das Mercês, eleito pelo Conselho de Consultores e nomeado pela Santa Sé como Administrador Diocesano.

Em janeiro de 1.995 foi publicada a sua transferência para a Diocese de Itumbiara-GO, onde tomou posse em 25 de março do mesmo ano.

A Diocese de Porto Nacional esteve vacante até 28 de março de 1.998, quando tomou posse da Diocese Dom Geraldo Vieira Gusmão, do clero diocesano da Arquidiocese de Diamantina-MG.

No período de vacância, a diocese teve como administrador Diocesano Mons. Juraci Cavalcante Barbosa, pároco da Catedral de Nossa Senhora das Mercês, eleito pelo Conselho de Consultores e nomeado pela Santa Sé como Administrador Diocesano.

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