23/05/2007 - 14h19m
Rússia celebra 90º aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima
MOSCOU (ZENIT.org).- Pouco mais de uma semana após a comemoração do 90º aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, os frutos contidos no «segredo» acerca da conversão da Rússia continuam sendo abundantes nesse país.
Por um lado, a devoção e o carinho que a comunidade católica de Moscou demonstrou à Mãe de Deus durante as celebrações do aniversário de sua aparição em Fátima, em 13 de maio, são uma demonstração palpável do crescimento na fé e da volta ao Senhor em um ambiente onde, 16 anos atrás, a conversão seguia sendo uma esperança.
Aqui na Rússia «encontrei-me com uma fé muito mais sólida que a fé de muita gente no ocidente, porque é uma fé regada com o sangue», comentou à agência Zenit Julio Loredo, coordenador dos Apóstolos de Fátima, da organização Luz sobre o Leste, que foi convidado especialmente para as celebrações do 90º aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
«O sangue é duro, faz sofrer, mas aquilo que o sangue irriga cresce. Vejo na Rússia o fruto do sangue dos mártires derramado por muitos anos e me parece que é uma fé sólida e muito entusiasta», expressou Loredo.
Desde seu ponto de vista, a alusão à Rússia na terceira parte do segredo de Fátima tem uma missão providencial: «Por que a centralidade da Rússia? É um mistério, no sentido de que a menção não a entendemos profundamente, mas o fato de que Nossa Senhora tenha falado da Rússia e a tenha tomado como fonte de um dos castigos para depois abrir com a conversão do país a era do triunfo dos corações imaculados, é um mistério».
«Nós -- continuou explicando Julio Loredo -- nos dedicamos ao apostolado não só na Rússia, mas nos países do Leste, ainda que aqui estejamos guiados muito especialmente pela graça e a fé de João Paulo II em torno do fato de que a evangelização da Europa oriental é um dos grandes desafios para o novo milênio. O apostolado na Rússia tem um sentido providencial, profético, porque estamos tocando o mistério de Fátima, que se resume em que esta época de crise acabará e verá o triunfo do coração imaculado de Maria.»
Por outro lado, os nutridos acontecimentos religiosos que se suscitaram nestes dias na Rússia, como a assinatura do acordo de união entre a Igreja Ortodoxa russa e a Igreja Russa no exterior, podem ser vistos também como testemunho da conversão que Nossa Senhora prometeu 90 anos atrás.
Tal e como apontou à Zenit o arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, «a Virgem de Fátima falou acerca da conversão da Rússia a Deus, não disse que tinha de ser exclusivamente católica».
Na opinião de Dom Kondrusiewicz, o mistério de Fátima penetra não só no catolicismo, mas também na Igreja Ortodoxa e em todas aquelas confissões que sofreram na época do comunismo.
«Como Igreja Católica, ajudamos nossos irmãos ortodoxos e juntos nos esforçamos por continuar e desenvolver o diálogo entre nós», assinalou o arcebispo. «Maria está presente na Igreja Ortodoxa não menos que na Católica e inclusive, diria eu, muito mais na Rússia. Sua imagem é uma figura sempre limpa para cada católico e ortodoxo pelo que, sem dúvida alguma, suas aparições têm um caráter ecumênico.»
Ao explicar como os jovens hoje em dia devem entender as aparições de Nossa Senhora de Fátima, Dom Kondrusiewicz disse que «em primeiro lugar, os jovens devem entender que Nossa senhora de Fátima nos deu esperança em 1917».
«Ela advertiu sobre os perigos que se aproximavam e pelos quais tínhamos que rezar. Ela predisse o desenvolvimento da história da Rússia e do mundo, mas ao mesmo tempo nos deu esperança e nos indicou seu imaculado coração como ideal ou símbolo a seguir para conseguir um coração limpo: ‘Meu imaculado coração triunfará e a Rússia se converterá’, eis aí a esperança que Ela deu à Rússia e ao mundo inteiro.»
«Certamente, as pessoas jovens não se lembram ou não cresceram com isso por muito tempo. Não obstante, suas aparições são atuais no sentido de que o chamado ao arrependimento está sempre presente: o chamado a que o coração do homem seja limpo», afirmou Kondrusiewicz.
«As palavras de Nossa Senhora, constata, foram um aviso para cumprir os desejos de Deus de respeitar seu imaculado Coração, já que só assim nos esperaria um mundo limpo; do contrário, muitas dificuldades viriam. Hoje vemos como, em diferentes lugares, aparecem novos problemas como a guerra, a eutanásia, problemas familiares..., porque o homem não observa os dez mandamentos.»
«É por isso -- concluiu Dom Kondrusiewicz -- que as aparições de Nossa Senhora de Fátima, depois de 90 anos, continuam sendo atuais e são vistas com dinamismo porque, antes de tudo, estão ligadas ao problema da transformação do homem.»
Por um lado, a devoção e o carinho que a comunidade católica de Moscou demonstrou à Mãe de Deus durante as celebrações do aniversário de sua aparição em Fátima, em 13 de maio, são uma demonstração palpável do crescimento na fé e da volta ao Senhor em um ambiente onde, 16 anos atrás, a conversão seguia sendo uma esperança.
Aqui na Rússia «encontrei-me com uma fé muito mais sólida que a fé de muita gente no ocidente, porque é uma fé regada com o sangue», comentou à agência Zenit Julio Loredo, coordenador dos Apóstolos de Fátima, da organização Luz sobre o Leste, que foi convidado especialmente para as celebrações do 90º aniversário das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
«O sangue é duro, faz sofrer, mas aquilo que o sangue irriga cresce. Vejo na Rússia o fruto do sangue dos mártires derramado por muitos anos e me parece que é uma fé sólida e muito entusiasta», expressou Loredo.
Desde seu ponto de vista, a alusão à Rússia na terceira parte do segredo de Fátima tem uma missão providencial: «Por que a centralidade da Rússia? É um mistério, no sentido de que a menção não a entendemos profundamente, mas o fato de que Nossa Senhora tenha falado da Rússia e a tenha tomado como fonte de um dos castigos para depois abrir com a conversão do país a era do triunfo dos corações imaculados, é um mistério».
«Nós -- continuou explicando Julio Loredo -- nos dedicamos ao apostolado não só na Rússia, mas nos países do Leste, ainda que aqui estejamos guiados muito especialmente pela graça e a fé de João Paulo II em torno do fato de que a evangelização da Europa oriental é um dos grandes desafios para o novo milênio. O apostolado na Rússia tem um sentido providencial, profético, porque estamos tocando o mistério de Fátima, que se resume em que esta época de crise acabará e verá o triunfo do coração imaculado de Maria.»
Por outro lado, os nutridos acontecimentos religiosos que se suscitaram nestes dias na Rússia, como a assinatura do acordo de união entre a Igreja Ortodoxa russa e a Igreja Russa no exterior, podem ser vistos também como testemunho da conversão que Nossa Senhora prometeu 90 anos atrás.
Tal e como apontou à Zenit o arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, «a Virgem de Fátima falou acerca da conversão da Rússia a Deus, não disse que tinha de ser exclusivamente católica».
Na opinião de Dom Kondrusiewicz, o mistério de Fátima penetra não só no catolicismo, mas também na Igreja Ortodoxa e em todas aquelas confissões que sofreram na época do comunismo.
«Como Igreja Católica, ajudamos nossos irmãos ortodoxos e juntos nos esforçamos por continuar e desenvolver o diálogo entre nós», assinalou o arcebispo. «Maria está presente na Igreja Ortodoxa não menos que na Católica e inclusive, diria eu, muito mais na Rússia. Sua imagem é uma figura sempre limpa para cada católico e ortodoxo pelo que, sem dúvida alguma, suas aparições têm um caráter ecumênico.»
Ao explicar como os jovens hoje em dia devem entender as aparições de Nossa Senhora de Fátima, Dom Kondrusiewicz disse que «em primeiro lugar, os jovens devem entender que Nossa senhora de Fátima nos deu esperança em 1917».
«Ela advertiu sobre os perigos que se aproximavam e pelos quais tínhamos que rezar. Ela predisse o desenvolvimento da história da Rússia e do mundo, mas ao mesmo tempo nos deu esperança e nos indicou seu imaculado coração como ideal ou símbolo a seguir para conseguir um coração limpo: ‘Meu imaculado coração triunfará e a Rússia se converterá’, eis aí a esperança que Ela deu à Rússia e ao mundo inteiro.»
«Certamente, as pessoas jovens não se lembram ou não cresceram com isso por muito tempo. Não obstante, suas aparições são atuais no sentido de que o chamado ao arrependimento está sempre presente: o chamado a que o coração do homem seja limpo», afirmou Kondrusiewicz.
«As palavras de Nossa Senhora, constata, foram um aviso para cumprir os desejos de Deus de respeitar seu imaculado Coração, já que só assim nos esperaria um mundo limpo; do contrário, muitas dificuldades viriam. Hoje vemos como, em diferentes lugares, aparecem novos problemas como a guerra, a eutanásia, problemas familiares..., porque o homem não observa os dez mandamentos.»
«É por isso -- concluiu Dom Kondrusiewicz -- que as aparições de Nossa Senhora de Fátima, depois de 90 anos, continuam sendo atuais e são vistas com dinamismo porque, antes de tudo, estão ligadas ao problema da transformação do homem.»
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