RCC Tocantins
08/04/2007 - 15h54m

João Paulo II está mais perto da beatificação

 

O processo de beatificação de João Paulo II superou, nesta segunda-feira, uma etapa decisiva ao concluir a fase diocesana para passar a ser instruída pela Santa Sé.

O encerramento solene aconteceu ao meio-dia, na Basílica de São João de Latrão, na catedral do bispo de Roma, na presença do cardeal Camilo Ruini, bispo vigário do Papa para esta diocese.

Em seu discurso, pronunciado dois anos depois do falecimento de Karol Wojtyla, o purpurado italiano apresentou a relação com Deus na oração como o segredo de sua vida.

«Na realidade, detrás do vigor incansável de seu testemunho da verdade de Cristo, encontrava-se a firmeza de sua fé», constatou.

Era a fé «de um homem que, em certo sentido, já havia visto o Senhor, que fez a experiência direta da presença misteriosa e salvífica de Deus em seu espírito e em sua vida», explicou, declarando assim por que sentia a «necessidade e o dever de oferecer e transmitir a todos a verdade que salva».

«Com esta atitude, João Paulo II pôde, em anos difíceis, confirmar toda a Igreja na fé», explicou o cardeal.

Depois, ante a emoção dos peregrinos, o cardeal Ruini recordou os últimos suspiros de Karol Wojtyla.

Com a ajuda dos presentes em seu quarto, recordou, rezou «todas as orações cotidianas: fez a adoração, a meditação e antecipou inclusive o Oficio das Leituras do domingo».

«Depois, disse com voz sumamente frágil à irmã Tobiana Sobotka, seu autêntico anjo da guarda, ‘Deixe-me ir para o Senhor’. Depois, entrou em coma e em seu quarto celebrou-se a missa pré-festiva do domingo da Divina Misericórdia.»

«Dom Stanislaw [Dziwisz, seu secretário particular, ndr.] conseguiu dar-lhe, como Viático, algumas gotas do Sangue de Cristo.»

«A Divina Misericórdia foi o centro de sua espiritualidade e de sua vida: dela aprendeu a vencer o mal com o bem», concluiu Ruini.

Entre os peregrinos havia numerosos poloneses, acompanhados pelo cardeal Stanislaw Dziwisz, atual arcebispo de Cracóvia, que na noite desta segunda-feira presidirá uma vigília de oração nas grutas vaticanas.

Os jornalistas puderam ver na basílica a religiosa francesa, Irmã Marie Simon-Piere, da Congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas, que em 2 de junho de 2005, perto de Aix-en-Provence, na França, foi inexplicavelmente curada do mal de Parkinson.

A cura da religiosa, que hoje tem 46 anos, foi atribuída pelo postulador da causa de beatificação, monsenhor Slawomir Oder, à intercessão de João Paulo II.

O processo de beatificação passa agora à Congregação vaticana para as Causas dos Santos, cujo prefeito é o cardeal português José Saraiva Martins.

O cardeal recordou aos microfones da «Rádio Vaticano», nesta segunda-feira, que «João Paulo II foi dispensado dos cinco anos depois da morte, prescritos pelo Direito Canônico para começar a causa de beatificação, mas não foi dispensado do processo».

«Portanto -- declara --, o Dicastério vaticano procede agora ao exame de toda a documentação que nos chega, seguindo os caminhos indicados pelas normas jurídicas». «As normas do Direito Canônico devem ser respeitadas.»

Fonte: ZENIT

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