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Protestantes de diversas tendências criticaram o documento do Vaticano publicado na terça-feira que define a Igreja Católica como "a única e verdadeira" Igreja universal de Cristo. Líderes na Itália consideram a declaração assinada pela Congregação para a Doutrina da Fé – entidade do Vaticano responsável por promover e tutelar a doutrina da fé e moral no mundo católico – ofensiva ao afirmar que os protestantes não são "Igrejas", mas simples "comunidades eclesiais", por não ter o sacerdócio ministerial e não "conservar integralmente a substância do ministério eucarístico".
O decano da Igreja Evangélica Luterana Holgel Milkau afirma que o documento oficial da Santa Sé é presunçoso e só traz desilusão. Na avaliação do vaticanista Marco Politi, julho será lembrado como o mês que colocou o pontificado de Bento 16 na linha restauradora no que diz respeito às dinâmicas do Concílio Vaticano II – reunião de bispos e cardeais realizada entre 1962 e 1965, que adotou mudanças como a realização das missas nos idiomas modernos e afirmou o respeito aos não-católicos.
Decepcionado com a declaração do Vaticano, o secretário da Aliança Reformada Mundial, pastor Setri Nyomi, enviou uma carta ao cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício para a Unidade dos Cristãos, pedindo maiores esclarecimentos sobre a seriedade da Igreja Católica diante dos diálogos com as outras igrejas cristãs.
Junto aos protestantes, as igrejas ortodoxas também se uniram no protesto contra o Vaticano. Segundo o secretário do Discatério da Igreja Ortodoxa de Moscou, padre Igor Viszhanov, é impossível concordar com uma "posição ultrapassada da Igreja Católica, a mesma que provocou o cisma ortodoxo em 1054".
Em declaração ao jornal italiano La Repubblica, o bispo ortodoxo Abdel Massih Bassit disse que a declaração vaticana não ajuda o diálogo. Ele pediu ao papa Bento XVI que "se levante do coma" em que se encontra.
Para o historiador do cristianismo Alberto Melloni, o documento do Vaticano "é um golpe à credibilidade ecumênica da Igreja Católica". Ele criticou o papa Bento 16.
BBC
O decano da Igreja Evangélica Luterana Holgel Milkau afirma que o documento oficial da Santa Sé é presunçoso e só traz desilusão. Na avaliação do vaticanista Marco Politi, julho será lembrado como o mês que colocou o pontificado de Bento 16 na linha restauradora no que diz respeito às dinâmicas do Concílio Vaticano II – reunião de bispos e cardeais realizada entre 1962 e 1965, que adotou mudanças como a realização das missas nos idiomas modernos e afirmou o respeito aos não-católicos.
Decepcionado com a declaração do Vaticano, o secretário da Aliança Reformada Mundial, pastor Setri Nyomi, enviou uma carta ao cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício para a Unidade dos Cristãos, pedindo maiores esclarecimentos sobre a seriedade da Igreja Católica diante dos diálogos com as outras igrejas cristãs.
Junto aos protestantes, as igrejas ortodoxas também se uniram no protesto contra o Vaticano. Segundo o secretário do Discatério da Igreja Ortodoxa de Moscou, padre Igor Viszhanov, é impossível concordar com uma "posição ultrapassada da Igreja Católica, a mesma que provocou o cisma ortodoxo em 1054".
Em declaração ao jornal italiano La Repubblica, o bispo ortodoxo Abdel Massih Bassit disse que a declaração vaticana não ajuda o diálogo. Ele pediu ao papa Bento XVI que "se levante do coma" em que se encontra.
Para o historiador do cristianismo Alberto Melloni, o documento do Vaticano "é um golpe à credibilidade ecumênica da Igreja Católica". Ele criticou o papa Bento 16.
BBC