RCC Tocantins
24/09/2008 - 14h46m

Dom Tomasi diz que é urgente promover tolerância religiosa no mundo

 
"É urgente promover a tolerância religiosa no mundo". É este o apelo lançado diante do Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, pelo Observador Permanente da Santa Sé junto às Instituições da ONU na cidade helvécia, Dom Silvano Maria Tomasi. Ainda nestes dias, Dom Tomasi fez um pronunciamento também na Assembléia dos membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, sediada também em Genebra.

A intensificação de manifestações violentas de intolerância religiosa em diversas regiões geográficas está diante dos olhos da comunidade internacional, lembrou Dom Tomasi, destacando que se trata de violações patentes dos direitos mais elementares da pessoa de qualquer credo seja ela.

O Observador Permanente da Santa Sé na ONU advertiu para o fato de que a impunidade destes crimes, que frequentemente se verifica, faz passar a mensagem de que as agressões violentas ou até mesmo a eliminação física de pessoas de outra religião são aceitáveis".

Ações concretas

Há 60 anos, a Declaração Universal dos Direitos do Homem queria defender o contrário, definindo "o direito de cada pessoa à liberdade de pensamento, consciência e religião".

A Santa Sé expressou a preocupação pela discriminação contra as minorias religiosas, seja ela traduzida em maus-tratos sociais, preconceitos políticos ou violências. Dom Tomasi louvou os pronunciamentos sobre este assunto, mas recomendou que não nos devemos deter em "discursos retóricos"; cada Estado deve garantir uma ação concreta em todos os níveis: legislação nacional, sistema judiciário, governo, sistema educativo, mídia, até em nível das próprias comunidades de fé. O Arcebispo destacou ainda que "leis sobre a blasfêmia, como as que estão em vigor no Paquistão, podem ser armas que se usam contra inimigos pessoais ou como acusação para provocar violência".

O Observador Permanente da Santa Sé na ONU pronunciou-se, também em Genebra, na Assembléia dos Membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Sobre o assunto, ele reiterou que a Santa Sé está particularmente atenta às dimensões éticas e sociais que envolvem e marcam a pessoa e as suas ações. Reconhece-se certamente no conceito de propriedade intelectual o valor característico de inovação e criatividade, de inteligência em todos os seus aspectos, assim como se reconhece o dever de tutelar tudo isto.

Mas Dom Tomasi se pronunciou também a favor de um "um equilíbrio nas normativas que considere a situação dos países mais pobres e que possa valorizar as suas especificidades e identidades". Aludindo à problemática ainda aberta em matéria de propriedade intelectual, Dom Tomasi ressaltou a responsabilidade de quem opera neste campo de "contribuir para uma comunidade internacional cada vez mais pacífica e justa".


Fonte: Radio Vaticano

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