RCC Tocantins
23/05/2007 - 14h18m

Chamado da Santa Sé ao desarmamento

 
VIENA (ZENIT.org).- O desarmamento e a não-proliferação nuclear podem converter-se em duas aliadas da luta pela promoção da paz entre as nações, considera a Santa Sé.

Quem o afirmou foi Dom Michael Banach, observador permanente do Vaticano ante as instituições das Nações Unidas em Viena, no encontro preparatório da Conferência para a Revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, prevista para o ano 2010 em Nova York, concluído em 11 de maio passado.

O Tratado de Não-Proliferação Nuclear se converteu em lei internacional em 1970. Durante um longo período, havia cinco países com armas nucleares: Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética, França e China. Mais tarde, a Índia, Israel e Paquistão desenvolveram armas nucleares e se converteram nos únicos países que não ratificaram o Tratado.

Em sua intervenção, Dom Banach sublinhou que o resultado da última Conferência de Revisão 2005, celebrada em Nova York, foi «menos que satisfatória», pois «não foi possível adotar um documento de consenso essencial por causa das diferenças que se deram dentro da comunidade internacional».

«Um primeiro elemento», disse, «é o reconhecimento dos íntimos laços que se dão entre o desarmamento nuclear e não-proliferação nuclear».

«São interdependentes e se reforçam reciprocamente, e sua aplicação transparente e responsável representa um dos principais instrumentos não só na luta contra o terrorismo nuclear, mas também na realização concreta de uma cultura da vida e da paz, capaz de promover de maneira eficaz o desenvolvimento integral dos povos.»

«Um segundo elemento de reflexão é a necessidade de criar, dentro desse foro, um clima de confiança e de cooperação real», disse o representante vaticano, evitando que «os interesses individuais prevaleçam sobre a segurança coletiva», pois isso poderia enfraquecer as estruturas e acordos que promovem o desarmamento e a não-proliferação».

O terceiro ponto de reflexão exposto pelo prelado foi «a necessidade de aumentar a consciência dentro da comunidade internacional, para que seja mais ambiciosa na hora de fazer que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear se converta em um instrumento adequado na promoção da paz e da segurança internacional», continuou.

O prelado concluiu constatando que «os fundamentos da paz se constroem sobre o respeito pela vida humana e pela primazia da lei. O principal objetivo da lei é, de fato, substituir a força das armas com a força da lei».

LINK CURTO: https://rccto.org.br/r/3D

© 2012-2024. RCC-TO - Todos os direitos reservados.