RCC Tocantins
01/12/2007 - 21h07m

Celina Borges fala sobre o seu ministério

 

Durante a realização do workshop para músicos, a cantora mineira Celina Borges abriu um espaço para que os participantes fizessem questionamentos a respeito de sua missão. Confira abaixo algumas das perguntas e respostas.

 

Como transformar um ministério de música em um ministério missionário?

 

 

Eu não tinha nada para ser cantora, literalmente nada, mas Deus pega e diz: Eu quero!  Você sofre muito porque se depara com várias situações das quais não estamos bem preparados tecnicamente. Na verdade, a perfeição está na junção entre unção e técnica. A unção é mais importante por sobre a técnica, e quando se consegue associar as duas coisas ninguém segura. Um ministério enquanto ser missionário é escolha de Deus, não é você quem decide. Existe todo um investimento que você tem que fazer, mas a escolha é de Deus.

 

Quais as principais dificuldades que você encontra na missão?

 

 

Não posso falar aqui (risos). Não ser vista como gente e sim como um ícone nacional. Não ser amada enquanto Celina e sim como cantora. Não ser compreendida quando eu erro. Ser cobrada demais. Ter poucos amigos, porque uma pessoa pública não tem muitos amigos, poucas pessoas sinceras ficam ao seu lado. E por ai vai!

 

O quê você acha de músicos católicos que tocam em locais seculares?

 

 

É lógico que há um perigo muito grande quando o músico vive de musica secular. Se você puder não fazer isso, não faça. Mas se a pessoas está sustentando a família não podemos discriminar, pois temos pessoas extremamente necessitadas de trabalho. Dentista peca quando arruma dente? Músico é músico e o que ele saber fazer é música, é cantar. A Celina Borges não está dizendo que deve fazer não; melhor, perfeito, mais santo e mais preservado do mundo é se você não fizer, mas daí a discriminar!

Você teria uma amiga espírita? Eu já disse: “Nem morta!” e hoje eu teria, por que não é o que ele pratica, que é abominável aos olhos de Deus, que faz diferença, mas é você quem vai ganha-lo com sua amizade.

 

O quê você acha dos ministérios de música católicos que ministram músicas evangélicas?

 

 

Discernimento é a palavra. Não é preciso colocar uma música evangélica na hora da comunhão, porque nós temos composições lindas e maravilhosas. Não vejo nenhum problema delas serem cantadas dentro dos grupos de oração. Sempre digo que nossas músicas têm mais essência porque traz tradição, verdade.

 

Qual o significado de cantar para Celina Borges?

 

 

Razão para me manter viva. Não é utopia, é para não desfalecer de doença. Cantar hoje para mim é ter um motivo para estar viva. Eu preciso cantar e viver aquela música. Eu preciso cantar e acreditar naquilo que canto, que componho. É gás para estar de pé. É missão.

Jeferson Rosário de Carvalho

Equipe de Comunicação do VIII Congresso Estadual da RCC-TO 

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