RCC Tocantins
08/08/2007 - 17h55m

Campanha publicitária combate o trabalho infantil nas ruas

 
Crianças malabaristas, vendedoras de balas, limpadoras de pára-brisas. A realidade de milhares de jovens que trabalham nos cruzamentos das avenidas das grandes cidades brasileiras agora é alvo de uma campanha publicitária lançada pela Fundação Travessia em alerta contra o trabalho infantil.

As peças, criadas voluntariamente pela Agnelo Pacheco Comunicação, levantam o debate sobre a questão, enfatizando a falta de políticas públicas eficientes de inclusão social.
Formatada em três anúncios de jornal, a campanha brinca com as equações matemáticas que denunciam de forma clara e direta o problema como, por exemplo, no texto que diz: "Fábio trabalha três horas no farol. Se uma aula de física leva 45 minutos, quantas aulas ele perdeu hoje?".

Os anúncios, que levam a assinatura de Guga Lemes, Alex Gris e Luís Prado, foram publicados inicialmente no jornal "O Estado de São Paulo" e poderão ser veiculados em outros meios através de colaboração voluntária para que as mensagens se destaquem na mídia. A idéia é criar uma mobilização e uma discussão sobre a falta de políticas públicas para as famílias das crianças trabalhadoras. É o que afirma coordenadora do Travessia, Lúcia Pinheiro. "O foco das políticas não pode ser as crianças e sim, a família delas", explica a coordenadora.

Segundo ela, na maior parte dos casos as crianças vão trabalhar nas ruas para ajudar as famílias nas despesas e aquela passa a ser um complemento ou até mesmo a única fonte de renda da família. Por isso, explica, o trabalho deve ser feito com os responsáveis pelas crianças. Esse trabalho o Travessia já vem realizando desde 2002 e, de acordo com Lucia Pinheiro, vem dando bons resultados.

"Estamos transformando mães em educadoras sociais de outras mães que ainda têm filhos trabalhando nas ruas", explica Lúcia. Atualmente, o projeto atende cerca de 250 crianças de rua em São Paulo. As crianças abordadas nas ruas pelos educadores sociais são levadas para o projeto e passam a participar de oficinas lúdicas, enquanto suas mães assistem a cursos profissionalizantes que auxiliarão na entrada no mercado de trabalho


Fonte: Adital

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