RCC Tocantins
09/05/2007 - 14h14m

Bispos brasileiros reforçam posição contra aborto

 
No contexto do acirramento do debate em torno à legalização da prática no país

INDAIATUBA (ZENIT.org).- O episcopado brasileiro reforçou esta terça-feira sua posição enfática contrária à legalização do aborto no país.

É que muito se tem especulado na imprensa estes dias sobre o tema, já que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem tomado a iniciativa de promover um debate sobre o aborto e se manifestado a esse respeito em eventos e jornais.

Por diversas vezes, os bispos em assembléia geral em Itaici (São Paulo) foram questionados se o Papa, em sua viagem ao Brasil, dedicaria uma palavra a este tema.

«Todos sabem a posição da Igreja. É a favor da vida e em defesa da vida», afirmou Dom Orani João Tempesta, arcebispo de Belém (Pará, norte do Brasil).

«O aborto é um atentado contra a vida e não tem cabimento», acrescentou Dom Angélico Sândalo, bispo de Blumenau (Santa Catarina, sul do país).

O Ministério da Saúde do Brasil tem incentivado o debate sobre a legalização do aborto afirmando que se trata de um problema de saúde pública.

«Que se cuide e se cuide muito mais da saúde da mulher, mas que isso não seja feito à custa do sacrifício de um ser indefeso que ela traz em seu seio», disse Dom Angélico.

Segundo o bispo, «a Igreja, como todo homem e toda mulher de boa vontade, está a favor da vida, que começa na concepção. A criança é um ser indefeso que deve ser protegido».

Já o arcebispo de Feira de Santana (Bahia, nordeste do Brasil), Dom Itamar Vian, afirmou que a criança deveria saber que o lugar mais seguro para ela seria o ventre materno.

«Mas o ventre materno está-se tornando um lugar muito inseguro, pois a criança pode ser assassinada pela própria mãe, pelo médico ou algum enfermeiro», disse.

Já o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, afirmou que o problema de saúde pública deve ser enfrentado enquanto tal.

Segundo ele, não se pode propor o aborto como solução a um problema de saúde pública, uma suposta solução que «tira um direito de outros, o direito primeiro que é o de existir e o de viver».

«A vida não é negociável; a vida de cada um é intocável», disse o arcebispo.

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