RCC Tocantins
12/04/2007 - 00h00m

Acolhida no Grupo de Oração

 

A comunicação para nós, membros de Grupo de Oração, deve ser entendida primeiramente como uma importante forma de se transmitir o amor de Deus. A boa comunicação cria, resgata, traduz-se em aliança de alegria com Deus e com os irmãos. E você sabe qual é o serviço que primeiro faz uso da comunicação no Grupo de Oração? Não?!  É O ACOLHIMENTO !

- Acolher é comunicar-se: recebendo informações das mais diversas daqueles a quem acolhemos e transmitindo o amor de Deus que há em nossos corações.

- Acolher é evangelizar: levar, através de um abraço ou aperto de mão, a Boa-Nova a toda criatura, principalmente àquelas que batem às portas dos nossos Grupos de Oração.

O acolhimento é uma nova forma de se pregar o Evangelho: através dele, aproximamo-nos das pessoas, a ponto de permitir-lhes um contato maior com Deus. A nova evangelização pede mudanças na nossa forma de agir. Requer um renovado ardor missionário que exige dos evangelizadores uma nova disposição, que leve a romper com a acomodação e com a rotina. Superando a mera atitude de espera, é preciso ir, com coragem evangélica (parresia), às pessoas, grupos e ambientes, onde o nome de Jesus não foi ainda proclamado ou onde a sua ressonância perdeu o valor.

Veja os ensinos e o exemplo de Jesus:

“Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” (Lc 15,20).

“Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isso, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: ‘Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, pois o Reino de Deus é de quem se parece com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.” ( Lc 18, 15 – 17).

 “Jesus fixou nele o olhar, amou-o...” ( Mc 10, 21 a).

“Responderá o Rei: Em verdade vos declaro:todas às vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25,40).

Sugerimos a criação de uma Equipe de Acolhimento, que será parte do Ministério de Comunicação Social no Grupo de Oração. O Grupo de Oração só poderá acontecer se houver real esforço de transformar a assembléia em um encontro de irmãos e irmãs, porque ela é a reunião de um povo em nome do Senhor, que fez de nós irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai, membros de um Corpo.

Uma equipe especialmente preparada para esta finalidade, poderá criar um clima fraterno entre os participantes, através da acolhida que recebe os irmãos à porta do local, ajudando todos a acharem os seus lugares, providenciar folhetos, etc..

Para os que vieram pela primeira vez, solicitar no final do encontro para que se levantem ou acenem com a mão, digam o nome, e recebam da equipe de acolhimento um pequeno cartão de boas-vindas. Isso possibilitará um contato maior em outra oportunidade futura.

Nada de chamar as pessoas à frente, para que se apresentem. Isto pode causar constrangimento.

Também durante o grupo, deve-se ficar atento ao bem-estar dos presentes: cuidar da ventilação e da luz, ajudar se alguém estiver se sentindo mal. Numa palavra, fazer as vezes do dono da casa, recebendo os seus hóspedes.

Os membros da equipe de acolhimento estão acolhendo em nome de Jesus Cristo, o Bom Pastor, que conhece cada ovelha pelo nome. A equipe de acolhimento deverá, de alguma forma, procurar memorizar o nome das pessoas.

Deve-se pôr em prática o que diz S. Tiago em sua carta, recebendo-se pobres e ricos com a mesma atenção e consideração. Conforme a realidade do lugar, pode-se fazer um chazinho/cafezinho no final do grupo, para confraternização. Seria uma maneira de se criar vínculos, além de ser uma forma familiar de acolhimento. Veja o que diz o Pe. Robert DeGrandis em seu livro “Vem e Segue-me”:

“Uma das razões das pessoas virem a encontros de oração é a camaradagem. Querem desenvolver amizades e construir uma comunidade, o que é importante. Se houver refrescos e salgadinhos, ótimo. Se não houver, não tem importância. Sempre digo que há mais cura em volta da garrafa de café do que no encontro de oração, porque é então que as pessoas começam a manifestar as curas que se iniciaram na assembléia de louvor.”

Em primeiro lugar, não basta apenas acolher, mas também acompanhar a pessoa. Em seguida, acolher bem a quem chega. Desde o início do encontro, receber a pessoa calorosamente. Se acolho a pessoa, transmito-lhe receptividade e interesse, e  ela sentir-se-á valorizada. Em terceiro lugar, procurar atender fisicamente, comunicando ao participante disponibilidade e interesse através de gestos. Se atendo a pessoa fisicamente, transmito-lhe mensagens de interesse, de modo a envolvê-lo no processo de conversão ou de encontro com Deus. É interessante concentrar-se na acolhida (não fazer nada que não seja prestar atenção às pessoas). Por último, devemos aprender a CONTEMPLAR o outro: olhando e escutando.

1. OLHANDO : usar o olhar para captar as mensagens não verbais. Se contemplo a pessoa, posso receber mensagens significativas sobre o que ela está vivendo, de modo a conhecê-la melhor. É seguir o exemplo de Jesus, olhando com amor, transparecendo o amor daquele que morreu por nós, e que nos deu a vitória.

Para isso, devemos ser discretos ao observar uma pessoa (naturalidade, não vigiar), ser pacientes e persistentes na observação. Devemos também lembrar que nem tudo que percebemos se torna uma verdade, e nem todas as observações precisam ser comunicadas às pessoas.

Três pontos ajudam a olhar melhor:

-          Olhar a aparência da pessoa (objetivando situá-la, saber de onde veio, o que faz, qual a sua personalidade...)

-          Olhar o comportamento da pessoa (se está à vontade ou não, etc.);

-          Perceber: os sentimentos (olhos cheios d’água, respiração), a prontidão (presença/ ausência), o relacionamento e a coerência (o que vejo é mais real do que escuto).

 

2. ESCUTANDO: Se escuto a pessoa, deixo entrar tudo o que ela quer transmitir-me de modo a compreendê-la melhor.

Cinco pontos nos ajudam a escutar melhor:

-          Ficar calado;

-          Não interromper;

-          Evitar distrações externas;

-          Evitar distrações internas (físicas e emocionais);

-          Suspender julgamentos.

 

Acolher a quem perdeu alguém querido...

Nas situações tristes também cabe o acolhimento feito com qualidade. Estar sempre bem disposto a acolher quem perde um ente querido é uma qualidade que devemos cultivar. Neste momento de dor e sofrimento, todo acolhimento, atenção e carinho nunca serão esquecidos.

Se soubermos transmitir esperança e consolo aos parentes do falecido, teremos feitos uma perfeita evangelização, porque neste momento, os corações estão abertos a acolher uma mensagem de esperança e consolo. Aproximar-se dos parentes mais próximos para dar os pêsames pode criar laços mais personalizados.

O acolhimento nas cartas

Em diversas circunstâncias as cartas dão um caráter especial à evangelização. Nos momentos de alegria, como um aniversário, a carta fará com que a pessoa se sinta valorizada por ter sido lembrada. Também nos momentos de tristeza, poderá levar consolo e esperança.

A carta é também, uma poderosa ferramenta de comunicação entre os membros da Renovação Carismática (entre o coordenador diocesano e os micro-regionais, entre os secretários diocesanos e os paroquiais, etc.). Através das cartas poderemos estabelecer as diretrizes dos nossos serviços frente aos nossos ministérios, divulgar os nossos encontros, contar as novidades...
Dez dicas úteis! Acolha com carinho!

1. A acolhida começa quando a primeira pessoa chega ao grupo, e só termina quando a última pessoa sai.

2. Tenha sempre um sorriso verdadeiro e espontâneo no rosto, transmitindo a alegria do Ressuscitado. Não use gestos exagerados que possam inibir as pessoas.

3. Pergunte o nome da pessoa que está indo ao grupo pela primeira vez, procure guardá-lo, e tente tratá-la sempre por ele. Isto gera naquela pessoa o sentimento de que é importante, de que foi notada.

4. Use do discernimento para perceber o estado de espírito da pessoa (triste, deprimida,  alegre,etc.) ao acolhê-la.

5. Se a pessoa já participa do grupo há algum tempo, procure comentar sobre a sua aparência (comentários caridosos, é lógico!), como por exemplo, -legal, você cortou o cabelo!

6. Não faça lista de presença no Grupo de Oração, mas se notarem a ausência de uma pessoa, tentar entrar em contato com ela. Se possível envie bilhetes ou cartas, lembrando que Deus a ama e que o grupo sente sua falta, assim sentir-se-á querida e amada.

7. Acompanhe a pessoa dentro do grupo de oração. Se for a primeira vez, dê algumas dicas sobre o funcionamento do grupo, o que vai acontecer. Procure observar o seu comportamento, se está se sentindo bem, se algo a incomoda, etc. O bem estar do participante do G.O. também faz parte da acolhida! Evite, porém, um envolvimento afetivo de dependência.

8. Conforme a realidade de cada grupo, dê pequenas lembrancinhas no final do encontro, procurando enfatizar o tema que o grupo seguiu.

9. Ao final do Grupo, apresente as pessoas que vieram pela primeira vez e os aniversariantes. Evite chamá-las à frente para que todos as vejam, pois essa atitude muitas vezes inibe, fazendo com que muitas não voltem.

10. Se possível, faça um chá/café com bolachinhas depois do grupo.


Elaborado por

Ministério de Comunicação Social do Estado do Paraná

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