Bispo:
Dom Giovane Pereira de Melo
Área:
35.826,93 km², distribuídos em 19 munícipios do meio-norte tocantinense.
População:
308.200 habitantes
Histórico:
Localizado entre os rios Lontra e Andorinhas, o território de Araguaína foi ocupado, inicialmente, pelas tribos indígenas Karajás. Em 1876, chegaram os primeiros imigrantes: João Batista da Silva e família. Devido os ataques dos povos indígenas e dos animais selvagens, o povoado passou a ser chamado "Livra-nos Deus". Com a chegada de outros imigrantes nordestinos, o povoado cresceu e recebeu o nome de Lontra. Em 1925, foi erguida a primeira Igreja, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1948, o nome do povoado foi alterado para Araguaína, em homenagem ao Rio Araguaia. A localidade desenvolvia-se casa vez mais e em 30 de setembro de 1953, a Lei Municipal nº 86 do munícipio de Filadélfia, transformou o povoado em distrito e no dia 14 de novembro de 1958, a Lei Estadual nº 2.125 decretou a criação do município de Araguaína. No dia 17 de junho de 1952, Dom Alano Du Noday, bispo de Porto Nacional, veio a Araguaína para celebrar a festa do Sagrado Coração de Jesus e abençoar a pedra fundamental da nova Igreja. Foi o mesmo ano da chegada da Congregação da Pequena Obra Divina Providência (Orionitas). Após a criação da Prelazia de Tocantinópolis e a nomeação de mons. Tonini como primeiro administrador, foram criadas, no dia 07 de maio de 1957, as primeiras paróquias que hoje integram a Diocese de Araguaína: Sagrado Coração de Jesus (Araguaína), Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Babaçulândia) e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Filadélfia).
Juntamente com o Sagrado Coração de Jesus, a outra devoção que ganhou relevância na piedade popular foi a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em uma missão redentorista no ano de 1962, a convite de Dom Cornélio Chizzini, bispo da Prelazia de Tocantinópolis, os missionários trouxeram a devoção às paróquias da região, sobretudo na celebração da novena na Missa semanal. Dez anos depois, os missionários retornaram e encontram os frutos da devoção. Pela devoção expressiva na Diocese, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi escolhida como padroeira diocesana.
Passados alguns anos, em 1978, o Regional Centro-Oeste da CNBB encomendou ao CERIS (Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais), um estudo da realidade socioeconômica das dioceses e prelazias que o compunham. O relatório, assinado por Célia Maria Santos Bertone, propunha, já naquele tempo, uma nova diocese com sede em Araguaína. Porém, devido ao complexo contexto eclesial e social, a proposta não foi levada adiante. Em 2003, Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, terceiro bispo da Diocese de Tocantinópolis, apresentou novamente o projeto, mas as diversas mudanças na conjuntura eclesial não permitiram, pela segunda vez, a consolidação do projeto. Com a chegada de Dom Giovane, 4º bispo de Tocantinópolis e de outros bispos da Província Eclesiástica de Palmas, o projeto foi retomado e revisado. Até que no dia 31 de janeiro de 2023, a Nunciatura Apostólica no Brasil, comunicou a decisão do Papa Francisco de criar a Diocese de Araguaína.
Diocese de Araguaína já estava no horizonte do povo tocantinense há mais de 40 anos. Na diocese de Tocantinópolis, a decisão do Papa Francisco em erigir a nova Igreja Particular foi descrita como "a concretização de um sonho antigo". Conheça a história que possibilitou a instituição da nova diocese e os municípios que estarão na nova circunscrição eclesiástica.
Desmembrada das dioceses de Tocantinópolis e Miracema do Tocantins, a nova diocese terá uma população estimada de 308.200 habitantes, em um território de 35.826,93 km², distribuídos em 19 munícipios do meio-norte tocantinense. A diocese de Araguaína contará com 22 paróquias, 18 padres diocesanos, 13 padres religiosos, 8 diáconos permanentes, 12 seminaristas e 15 religiosas. A matriz de São Sebastião será a catedral provisória da nova diocese.
Sonho antigo
Em 1978, o Estado do Tocantins ainda não existia, o território fazia parte do Estado de Goiás e as dioceses estavam reunidas no Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Naquele ano, foi encomendado ao Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), um estudo da realidade socioeconômica das dioceses e prelazias que compunham o Regional. O relatório, assinado por Célia Maria Santos Bertone, propunha, já naquele tempo, uma nova diocese com sede em Araguaína.
A proposta, no entanto, não foi levada adiante por dom Cornélio Chizzini, primeiro bispo diocesano de Tocantinópolis, por causa de muitas outras preocupações da época, sobretudo os conflitos de ocupação da terra que culminaram com a morte do padre Josimo Moraes Tavares, em maio de 1986. A morte de dom Cornélio colocou na gaveta o projeto do Regional Centro-Oeste que só foi retomado, em 1997, por dom Aloísio Hilário de Pinho, mas que não logrou continuidade.
A criação do Estado do Tocantins, em 1988, deu ao norte um novo alento e desenvolvimento econômico-social, segundo o relato da diocese de Tocantinópolis. Em 2003, dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, terceiro bispo da diocese de Tocantinópolis, apresentou novamente o projeto, que na época contava com o apoio dos bispos do Estado do Tocantins, assim como a indicação de possibilidade de criação da diocese de Araguaína por parte do então núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri. Com as mudanças de comando na Nunciatura Apostólica, na arquidiocese de Palmas, na diocese de Tocantinópolis e em outras dioceses da província, novamente o projeto não se concretizou.
Com a chegada de dom Giovane Pereira de Melo à diocese de Tocantinópolis e de outros bispos da Província Eclesiástica de Palmas, o projeto foi retomado e revisado, até a concretização do desejo de 45 anos atrás, com a decisão do Papa Francisco de criar a diocese de Araguaína.
Desmembrada das Dioceses de Tocantinópolis e de Miracema do Tocantins, a Diocese de Araguaína tem uma população estimada de 308 mil habitantes, em um território de 35.826,93Km2, distribuídos em 19 munícipios do meio-norte tocantinense. Dom Giovane Pereira de Melo, após quase 14 anos de ministério pastoral em Tocantinópolis, assume a missão de pastorear a Diocese de Araguaína como 1º bispo diocesano.
Outros itens de Dioceses
- Arquidiocese de Palmas
- Diocese de Cristalândia
- Diocese de Miracema
- Diocese de Porto Nacional
- Diocese de Tocantinópolis
- Prelazia de São Félix (MT)