20/03/2009 - 06h02m
Papa: Bento XVI defende que verdadeira religião deve rejeitar a violência
O papa Bento XVI disse hoje aos líderes muçulmanos que a verdadeira religião rejeita a violência e classificou a coexistência pacífica entre cristãos e islâmicos nos Camarões como "um sinal para outras nações africanas". No último dia de visita aos Camarões, Bento XVI começou o dia com uma reunião com 22 representantes muçulmanos, perante os quais defendeu que a religião é a base da civilização humana.
"A religião genuína (…) está na base de qualquer cultura humana", disse o papa, acrescentando que "rejeita todas as formas de violência e totalitarismo: não apenas nos princípios da fé, mas também da razão".
Bento XVI disse ainda que a "religião e a razão reforçam-se mutuamente" e instou os católicos e os muçulmanos a trabalharem juntos para "construírem uma civilização de amor".
"Que a entusiástica cooperação entre muçulmanos, católicos e outros cristãos nos Camarões seja um sinal para as outras nações africanas do enorme potencial de um compromisso inter-religioso para a paz, justiça e bem comum", afirmou.
Bento XVI tem falado frequentemente da necessidade da religião combater a violência, mas evita apontar o dedo a uma religião em específico desde um discurso em 2006, na Alemanha, onde relacionou o Islão à violência.
Perante as irritadas reacções do mundo islâmico, o papa manifestou-se arrependido por qualquer ofensa causada pelas suas palavras e, desde então, reuniu-se várias vezes com líderes muçulmanos em diversos países.
O encontro de hoje foi fechado à imprensa, mas o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, disse que a reunião decorreu num ambiente "cordial e amistoso" e que os líderes muçulmanos endereçaram "francos cumprimentos ao papa".
Nos Camarões, cerca de 22 por cento da população é muçulmana e 27 por cento católica.
O papa irá celebrar hoje uma missa ao ar livre, para a qual são esperadas milhares de pessoas.
Bento XVI inicia sexta-feira uma visita de quatro dias a Angola, terminando naquele país a sua primeira visita oficial a África.
fonte: http://maisactual.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=14791&Itemid=37
Entrada - Mundo - Artigo
"A religião genuína (…) está na base de qualquer cultura humana", disse o papa, acrescentando que "rejeita todas as formas de violência e totalitarismo: não apenas nos princípios da fé, mas também da razão".
Bento XVI disse ainda que a "religião e a razão reforçam-se mutuamente" e instou os católicos e os muçulmanos a trabalharem juntos para "construírem uma civilização de amor".
"Que a entusiástica cooperação entre muçulmanos, católicos e outros cristãos nos Camarões seja um sinal para as outras nações africanas do enorme potencial de um compromisso inter-religioso para a paz, justiça e bem comum", afirmou.
Bento XVI tem falado frequentemente da necessidade da religião combater a violência, mas evita apontar o dedo a uma religião em específico desde um discurso em 2006, na Alemanha, onde relacionou o Islão à violência.
Perante as irritadas reacções do mundo islâmico, o papa manifestou-se arrependido por qualquer ofensa causada pelas suas palavras e, desde então, reuniu-se várias vezes com líderes muçulmanos em diversos países.
O encontro de hoje foi fechado à imprensa, mas o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, disse que a reunião decorreu num ambiente "cordial e amistoso" e que os líderes muçulmanos endereçaram "francos cumprimentos ao papa".
Nos Camarões, cerca de 22 por cento da população é muçulmana e 27 por cento católica.
O papa irá celebrar hoje uma missa ao ar livre, para a qual são esperadas milhares de pessoas.
Bento XVI inicia sexta-feira uma visita de quatro dias a Angola, terminando naquele país a sua primeira visita oficial a África.
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