Diocese de Tocantinópolis

Fonte:

Bispo:

Dom Carlos Henrique Silva Oliveira

Área:

15.761 km²

População:

214.313 habitantes, em 25 municípios do Bico do Papagaio.

Histórico:

Tocantinópolis teve sua origem no primeiro núcleo de povoação, datado de 1818, quando Bandeirantes, partindo de Pastos Bons no Maranhão, vieram a procura de índios para catequisar. Os Bandeirantes Cipriano, Antônio Faustino e Venâncio se dedicaram à lavoura nesta região depois de se desligarem da bandeira, por ser este um lugar aprazível, possuir muitos mananciais de água, terra fertilíssima, muita madeira para construção e magníficos babaçuais. Espalhada a notícia sobre o local, vieram muitos moradores de Carolina (MA), tendo a frente D. Apolônia. Cada um construiu sua casa em disposição de rua. Nesta época para ali se dirigiu, também, Frei Vicente do Monte de São Victor, que viera catequisar os índios Apinagés, habitantes de uma aldeia não longe de Boa Vista.

O frade construiu uma Capela dedicada ao Divino Espírito Santo, considerada a pedra fundamental da futura cidade.

Por volta de 1.897, fixou residência nesse povoado o Padre João Lima que, por sues efeitos, se tornou tradicional. Não era ele somente o Vigário que guiava o povo de Deus no que diz respeito a religião; era chefe político também. Foi Prefeito da cidade e Deputado Estadual por dois mandatos. Mantinha a população de tal modo fanatizada, que somente sua opinião era executada. Havia até um ditado popular: "Quem manda aqui sou eu, e o Padi João na Boa Vista!!" Padre João, magnânimo, energético, promoveu 3 grandes revoluções das quais a principal foi a última, no ano de 1.936. Nesse ano foi eleito o Prefeito Manoel Gomes da Cunha. O Padre João Lima, por ser seu adversário político, retirou-se para o interior do Município em sinal de greve e protesto e organizou uma turma de 200 homens armados, inclusive indígenas e, a 10 de maio de 1.936, entrou na cidade tomando a Prefeitura, após ter posto a correr todos os funcionários das repartições. A fama do Padre João se espalhou logo por toda parte e ficou gravada no Hino Patriótico da cidade que chama este lugar de "Terra do Padre João".

Com a morte do Padre João, sucedeu-o na Paróquia de Tocantinópolis, o Padre José Klaus, da Diocese de Porto Nacional.

Em 20.12.54 foi criado a Prelazia de Tocantinópolis pela Bula Papal, "CÉU PASTOR", de Sua Santidade o Papa Pio XII, de saudosa memória, com território desmembrado integralmente da Diocese de Porto Nacional. A mesma foi confiada pela Santa Sé aos cuidados pastorais dos Padres da Pequena Obra da Divina Providência - D. Orione.

Os primeiros missionários que vieram da Itália para trabalharem no norte goiano, isto é, na Prelazia de Tocantinópolis, morreram afogados nas águas do Rio Tocantins. Foram eles: Pe. Egídio Adobatti, Ir. Serra. O Pe. André Alice escapou do naufrágio e assumiu como o primeiro superior da Missões até 1.956, quando foi nomeado Administrador apostólico, o Pe. Quinto Tonini - FDT, nomeado pelo Papa Pio XII, como o primeiro Administrador Apostólico da Prelazia de Tocantinópolis. Governou pastoralmente a mesma no período de 1.956 a 1.959, quando renunciou ao cargo por questões de saúde.

A sede ficou vacante, assumiu interinamente como Vigário Capitular o Pe. Pacífico Mecozzi até o ano de 1960. Depois foi nomeado o 2º Administrador Apostólico, o Pe. Cornélio Chizinni, que administrou a Prelazia na condição de Padre até o dia 29 do 06 de 62, quando foi sagrado bispo no Rio de Janeiro pelo Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi. E continuou no governo da prelazia na condição de Bispo Prelado até 12.08.81, quando faleceu em Goiânia.

Antes de morrer ele soube que o Papa João Paulo II tinha promovido a Prelazia à categoria de Diocese e ele havia sido escolhido como 1º Bispo Diocesano.

A sede ficou vacante novamente. Assumiu por eleição direta do Conselho dos Consultores, o Pe. Nilson Vieira da Silva , como Vigário Capitular, no período de 14.08.81 a 10.01.82 pelo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. O mesmo pertence às fileiras dos Padres da Pequena Obra da Divina Providência "Dom Orione, e adotou como lema: IN CHARITATE NON FICTA, "NA CARIDADE NÃO FINGIDA".

Diocese de Tocantinópolis permanece com o território da região do Bico do Papagaio, extremo norte do estado. A nova organização territorial terá uma área de 15.761 km² e a população de 214.313 habitantes, em 25 municípios do Bico do Papagaio. A diocese contabilizará 15 paróquias, 14 padres diocesanos, três sacerdotes religiosos, um diácono permanente, cinco seminaristas e duas congregações religiosas femininas.

Os municípios que continuam a fazer parte do território da Diocese de Tocantinópolis são: Aguiarnópolis, Ananás, Angico, Araguatins, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Buriti do Tocantins, Cachoeirinha, Carrasco Bonito, Darcinópolis, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Maurilândia do Tocantins, Nazaré, Palmeiras do Tocantins, Praia Norte, Riachinho, Sampaio, Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Sítio Novo do Tocantins e Tocantinópolis.

A festa religiosa da Comunidade é celebrada, anualmente, de 06 a 15 de agosto, em louvores à Padroeira da cidade e da Diocese, Nossa Senhora da Consolação.

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