RCC Tocantins
20/04/2007 - 00h00m

Não há relação entre morte encefálica e início da vida

 
Audiência na Suprema Corte do Brasil discutiu esta sexta-feira pesquisa com embriões

Segundo um médico legista brasileiro, «não há relação científica entre morte encefálica e inicio da vida».

Diretor de recursos humanos do CAS (Células-Tronco Centro de Atualização), Antônio José Eça palestrou esta sexta-feira em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a questão da pesquisa com embriões humanos no Brasil.

O médico refutou o argumento daqueles que dizem que a vida humana começa quando inicia a instalação do sistema nervoso.

Segundo esses, tratar-se-ia de um critério análogo ao da definição da morte, ou seja, [o fim da] atividade cerebral.

Segundo Eça, a ciência define a morte como um processo, que passa pelos estágios do coma, a ausência de reflexos, a ausência de estímulos, o fim da respiração e, por fim, o silêncio encefalográfico por mais de seis horas; refere a agência de notícias do STF.

De acordo com o médico, só após esse processo é que se pode garantir que uma pessoa está morta.

Assim, prosseguiu o médico-legista, a definição de morte se traduz em um processo, que tem um encaminhamento de coisas que o acompanham. Apesar de se reconhecer que o fim da atividade encefálica é o momento exato da morte, para Eça «a morte é, na verdade, um processo».

Da mesma forma é o início da vida, afirmou o médico. «A simples existência do tubo neural não é sinal do início da vida. Esse é também um estágio do processo que dá inicio à vida».

O palestrante enfatizou que desde o momento da fecundação começa o processo da vida.

«Assim como a morte é um verdadeiro processo, e não um momento, a vida também é um processo que se inicia no momento da fecundação», disse.

Fonte: ZENIT

LINK CURTO: https://rccto.org.br/r/iO

© 2012-2024. RCC-TO - Todos os direitos reservados.