RCC Tocantins
30/03/2007 - 00h00m

Experimentar a força do Ressuscitado

 
A boa nova do Evangelho se destina a todos, sem exceção. A vida nova, presente do Cristo ressuscitado, é oferecida a homens e mulheres de todas as gerações e povos.

Há várias figuras femininas igualmente atraentes e intrigantes em seu contato com Jesus e com as primeiras comunidades cristãs. Muitas delas são citadas em situações de conversão que têm a ver com a família e a moral familiar.

 Sempre Jesus supera as barreiras e se encontra com elas, desvelando-lhe a grandeza de alma e a seriedade com que se convertem. Outras, como Marta, irmã de Maria e Lázaro, aparecem como mulheres fortes, decididas. Uma delas, Maria Madalena, foi apóstola dos apóstolos, levando-lhes a boa nova da Ressurreição. É que a virtude do Vencedor da Morte já havia triunfado em sua vida, aquela que quem tinham sidos expulsos sete demônios. Certamente a experiência de mudança em sua vida iluminou os passos e fortaleceu as palavras após a Ressurreição.

Uma delas, a mulher adúltera do capítulo 8 de São João, tornou-se apóstola de uma só missão: “Vai e não peques mais”. O mundo já fica melhor, pela comunhão dos santos, quando alguém dá um passo para sair do pecado. Uma alma que se eleva, eleva o mundo! “Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso? Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para frente e escrevia com o dedo na terra. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra. Inclinando-se novamente, escrevia na terra. A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não peque mais”. (Lc 8, 1-11)

Nos Atos dos Apóstolos “uma mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração, para atender às coisas que Paulo dizia. Foi batizada juntamente com a sua família e fez-nos este pedido: Se julgais que tenho fé no Senhor, entrai em minha casa e ficai comigo. E obrigou-nos a isso (At, 16, 14-15)”. Como aconteceu com o Carcereiro, também à família de Lídia chegou o anúncio do Senhor ressuscitado.

Os que se convertiam envolviam com seu testemunho as próprias famílias. Em torno dos primeiros cristãos florescia a caridade e o Espírito Santo concedia seus dons. “Pedro, que caminhava por toda parte, de cidade em cidade, desceu também aos fiéis que habitavam em Lida. Ali achou um homem chamado Enéias, que havia oito anos jazia paralítico num leito. Disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te cura: levanta-te e faze tua cama. E levantou-se imediatamente. Viram-no todos os que habitavam em Lida e em Sarona, e converteram-se ao Senhor. Em Jope havia uma discípula chamada Tabita - em grego, Dorcas. Esta era rica em boas obras e esmolas que dava. Aconteceu que adoecera naqueles dias e veio a falecer. Depois de a terem lavado, levaram-na para o quarto de cima. Ora, como Lida fica perto de Jope, os discípulos, ouvindo dizer que Pedro aí se encontrava, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: Não te demores em vir ter conosco. Pedro levantou-se imediatamente e foi com eles. Logo que chegou, conduziram-no ao quarto de cima. Cercavam-no todas as viúvas, chorando e mostrando-lhe as túnicas e os vestidos que Dorcas lhes fazia quando viva. Pedro então, tendo feito todos sair, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. Ele a fez levantar-se, estendendo-lhe a mão. Chamando os irmãos e as viúvas, entregou-a viva. Este fato espalhou-se por toda Jope e muitos creram no Senhor (At 9, 42-42)”.

Olhe ao seu redor, para descobrir as pessoas e situações, começando de sua casa, a serem tocadas pelo seu testemunho. É bom tomar consciência de que a graça que atua em você e seus familiares faz uma grande diferença. Uma família que reza unida, permanece unida e cresce unida. Quando alguém recebe o Sacramento do Batismo, ou a Crisma, ou a Eucaristia, há algo de diferente, para melhor, em sua casa! E quando você busca o Sacramento da Penitência, a qualidade de vida, numa “ecologia humana” de ordem sobrenatural, aumenta. Sim, é melhor uma família que vive em estado de graça! E o Matrimônio, Sacramento que faz de uma homem e uma mulher sinais da união de Cristo e da Igreja, não é um enfeite. É tempo de revalorizá-lo e trabalhar, em nossa parentela, para que mais graça se espalhe em nosso mundo. E a doença? Estamos precisando de missionários da Unção dos Enfermos, já que há muitas pessoas deixadas sozinhas com a enfermidade, privadas da graça sacramental! A partir da conversão pessoal e de uma nova vida na família, nasça um novo impulso missionário.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Palmas

fonte: www.arquidiocesedepalmas.org.br

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